O gigante anão

Era apenas um sujeito com roupas rasgadas, parado próximo de uma lata de lixo. A auto piedade corroía-o por dentro, quando a sua atenção foi atraída pela passagem de um homem que lia o jornal em altas gargalhadas. Curioso, tentou aproximar-se. 

O desconhecido notou a sua presença e riu ainda com mais intensidade. Já não ria do texto do jornal, mas do indivíduo mal vestido que desprezava. A auto piedade cresceu e ele diminuiu, ficou mais pequeno. 

Apareceu uma mulher, mastigando chiclete. Ele dirigiu-se a ela na esperança de conseguir um pouco de chiclete para si. Ela virou-se bruscamente e viu diante de si um gigante que podia devorá-la, roubá-la ou até matá-la. Ele fugiu aterrorizado, mas ele só queria um pedaço de chiclete. Os seus olhos reduziram-no ao tamanho de um verme, deixando-o ainda mais pequeno. Foi a gota de água para uma decisão de suicídio se aflorar no seu corpo.

Ele preparou-se para se meter à frente de um camião, mas conteve-se ao ver uma criança prestes a ser atropelada. Com um movimento rápido, salvou o menino. As pessoas que assistiram, aglomeraram-se à sua volta e aplaudiram-no agradecidos. Então ele começou novamente a crescer... e cresceu, cresceu até voltar ao seu normal.

Texto elaborado pela aluna: Lara Gabriela